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Os efeitos nocivos da tecnologia á saúde mental

Atualizado: 1 de jul. de 2019


NOMOFOBIA


Medo de ficar sem celular ou sem tecnologia não é vício, é uma doença e tem nome: Nomofobia. A nomofobia é o nome dado à sensação de medo ou agonia que um indivíduo tem de se sentir incomunicável por estar sem o aparelho celular ou computador. Seu nome vem do inglês “no more phone phobia”, que significa “medo de ficar sem telefone”.


Quem nunca se pegou clicando no botão do celular apenas por clicar? Já virou um hábito tão grande checar o celular entre uma atividade e outra, que acabamos fazendo de forma automática. E checar o celular envolve dar uma espiada no Facebook, ver as stories do Instagram e responder o Whatsapp. Sem considerar outras redes sociais, como Youtube, Twitter e Linkedin.

Não podemos negar as vantagens que a tecnologia e as redes sociais nos proporcionam, como a possibilidade de manter contato com pessoas distantes, fazer novas amizades, aumentar o networking, acesso à informação rápida e facilidade no dia a dia.

Mas, o uso excessivo da tecnologia pode trazer mais malefícios do que benefícios. E engana-se quem pensa que o risco é apenas a perda da produtividade. Os resultados de estudos recentes, mostram que o excesso das redes sociais pode impactar negativamente a saúde mental, principalmente, dos jovens.

Pensando nisso, neste artigo detalharemos de que forma o excesso de tecnologia pode afetar a saúde mental. Confira!


Dependência

Nosso cérebro tem uma área chamada de sistema da recompensa, que é responsável por estimular e promover determinados comportamentos para a sobrevivência e preservação da espécie. Por isso, a comida e o sexo nos atraem tanto. Mas esse sistema pode pregar peças.

Ao consumir drogas, o sistema de recompensa é estimulado e, com isso, ele libera hormônios ligados à euforia e bem-estar de uma forma muito intensa. O que acaba reforçando o comportamento do uso da droga.

Para uma pessoa viciada em redes sociais, por exemplo, quanto mais curtidas e seguidores ela ganhar, maior será sua satisfação. Isso estimula o comportamento de estar sempre online. Além disso, uma pessoa dependente em tecnologia apresenta os sintomas de irritabilidade e ansiedade ao ficar muito tempo desconectada, os mesmos sintomas que um dependente químico em abstinência apresenta.

Depressão

O uso excessivo de tecnologia também foi associado a depressão. Quem está deprimido pode encontrar uma forma de consolo na tecnologia, criando um mundo virtual para compensar a insatisfação com a realidade. Isso pode piorar a doença, já que a tendência é a pessoa se afastar cada vez mais das outras.

A tecnologia em excesso também pode causar depressão em quem é saudável. Quem é dependente em tecnologia começa deixar de lado os compromissos, se distancia das pessoas, deixa de praticar hobbies e, em alguns casos, fica acordado até altas horas para estar online. O que, certamente, é prejudicial para a saúde e qualidade de vida.

Baixa autoestima

Um estudo do Reino Unido divulgou que o Instagram é a rede social mais prejudicial para a saúde mental dos adolescentes, podendo causar depressão e ansiedade em quem passa muito tempo online.

Basta entrar na rede social para entender o motivo. Fotos de viagens ao exterior, mulheres com corpos esbeltos, pessoas ostentando roupas de grife e famosos no seu dia a dia glamouroso. A comparação entre a vida das pessoas que vemos nos Instagram com a nossa vida é inevitável.

Para o adolescente, que está na fase de descobrir quem ele é, esse tipo de conteúdo pode abalar a autoestima e causar insegurança. Principalmente, para as jovens mulheres, que sentem a pressão para ter a beleza e o corpo perfeito.

Por isso, é preciso ter discernimento. Quantas fotos que vemos são trabalhadas digitalmente? E quanto a musa fitness do Instagram ganha das empresas para se dedicar diariamente para a busca do corpo perfeito? Do que ela precisa abrir mão para tê-lo?

São algumas perguntas que precisamos fazer ao notarmos que fomos afetados negativamente pelo conteúdo que é compartilhado. Afinal, as pessoas só postam fotos do ponto alto do seu dia, ao passo que não sabemos qual a realidade atrás da tela.

Estresse

Sabemos que a tecnologia nos trouxe muitas facilidades, uma delas é o acesso rápido à informação. E a outra, é a possibilidade de ser multitarefa. Já conseguimos pagar nossas contas por celular e aproveitamos momentos como o trânsito ou a fila do supermercado para isso. Se pegarmos um Uber, em vez de relaxar durante o trajeto, usamos o tempo para dar uma checada no celular.

O Whatsapp é uma excelente ferramenta para mensagem instantânea com pessoas em qualquer lugar do mundo. Mas, estamos com a sensação de que agora precisamos estar sempre disponíveis. Há poucos anos atrás, era comum retornar a ligação ou o e-mail apenas no dia seguinte, hoje se demoramos muito para responder, nos sentimos culpados.

O excesso de informação que recebemos, possibilidade de ser multitarefa e estar sempre disponível, tira nossa concentração e aumenta nossa carga de estresse. Precisamos estipular alguns limites para o uso da tecnologia, voltar a fazer uma coisa por vez para aproveitar o momento e relaxar.

Ansiedade

Quem nunca ficou angustiado porque alguém não respondia a mensagem do Whatsapp? Ou tem um amigo que fica constantemente checando o celular? Ou já foi cobrado por não ter curtido uma foto? Isso é a ansiedade provocada pelo uso em excesso das redes sociais. A pessoa ansiosa está sempre preocupada e aflita.

Mas, que tipo de preocupação a tecnologia pode nos causar? Medo de não ser aceito, de não ter um determinado número de curtidas, medo de não receber resposta de uma mensagem dentro de um tempo determinado, afinal, está todo mundo conectado, a pessoa certamente leu a mensagem.  

Outro sintoma da ansiedade é o medo de estar por fora, conhecido como FOMO – fear of missing out. Ou seja, querer ficar por dentro de tudo que está acontecendo, para ver se não está perdendo algo interessante. Para isso, ela acessa constantemente as redes sociais para checar as atualizações.

É preciso ter em mente que a tecnologia está a nosso favor, e que ela deve facilitar nossa vida, e não o contrário. Portanto, evite o uso excessivo da tecnologia e, se achar necessário, procure ajuda médica o mais rápido possível.


Conhece alguém que faz o uso excessivo da tecnologia e apresenta algum desses sintomas? se sim! indique um profissional com a qualificação IFP e ajude-o a se libertar desse distúrbio psicológico.


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